Serviços
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Secretaria: Governo e Inovação
Departamento: Diretoria do Meio Ambiente
Unidade de Conservação Federal e destino de experiências
Encantado por Veranópolis desde os tempos em que trabalhou na comunicação do Veranópolis Esporte Clube, Juliano Holderbaum viu sua vida tomar um novo rumo após enfrentar sérios problemas de saúde. Durante a pandemia, passou por um transplante de fígado e, pouco tempo depois, recebeu o diagnóstico de um câncer. Foi nesse momento de vulnerabilidade que decidiu: ao sair do hospital, realizaria seus sonhos. O primeiro deles era viver perto da natureza.
Foi assim que encontrou uma antiga área agrícola de origem italiana, localizada na zona rural de Veranópolis, cortada por um afluente essencial do Rio das Antas, o Rio Jaboticaba, que mais adiante se transforma no Rio Taquari. Inserida na ponta de um importante corredor ecológico, a região é cercada por biodiversidade e marcada por um processo natural de regeneração da Mata Atlântica.
A princípio, Juliano não imaginava transformar o lugar em uma unidade de conservação. Mas logo começaram os encontros com animais silvestres, as descobertas sobre o histórico da terra e a constatação de que as araucárias haviam sido dizimadas. Movido pelo desejo de regenerar, comprou 150 sementes de araucária e, em um gesto cheio de significado, espalhou-as diretamente pelo solo da floresta.
Enquanto cuidava da terra, veio a notícia inesperada. Os exames mostravam a remissão espontânea do câncer. Foi nesse momento que entendeu que havia encontrado sua cura cuidando da natureza. E, mais do que isso, havia encontrado seu propósito.
Desde 2023, o Serra Parque Jaboticaba funciona como espaço de educação ambiental, pesquisa científica e ecoturismo. Em 2025, foi reconhecido oficialmente como uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) pelo Governo Federal, com cinco hectares protegidos.
Localizado a 15 quilômetros do centro de Veranópolis, o parque é um corredor ecológico essencial para a biodiversidade da região. Diversas espécies de mamíferos e aves já foram registradas por armadilhas fotográficas, e universidades parceiras estudam aspectos como a qualidade da água e os impactos ambientais na área.
