Texto de Léia Cassol Ilustrações de Vanessa Alexandre em Esta história se passa atrás de uma casa antiga, onde há uma grande árvore, um pequeno parreiral e duas macieiras. Para chegar lá, é preciso passar pela ponte dos arcos, deslumbrar-se com o grande vale, sentir-se muito pequeno ao passar pelos paredões de pedras e entrar na cidade. Nestas páginas, você irá conhecer Pedro e a sua prima, Fernanda, que foi visitá-lo no fim de semana, algo que ela gosta muito de fazer. Sabe o motivo? Ah, é que sempre que os dois se encontram, coisas boas acontecem... em Veranópolis! V eranóp o l i s ISBN: 978-65-89214-22-9 REALIZAÇÃO APOIO Nome: Léia Cassol. Apelido: Menina do Cabelo Roxo. Idade: 47 anos. Melhor amigo: Flávia e Johnny. O que mais gosta de fazer: contar histórias e dançar. Comida preferida: a comida da minha mãe. Saiba mais em: www.leiacassol.com Nome: Vanessa Alexandre. Apelido: Vanessinha. Idade: 39 anos. Melhor amigo: Mônica e Paulinha. O que mais gosta de fazer: desenhar e andar com os cachorros. Comida preferida: peixe com maracujá. Saiba mais em: www.vanessaalexandre.com.br Referências Sua foto AQUI! Nome: Apelido: Idade: Melhor amigo: O que mais gosta de fazer: Comida preferida: Seu lugar preferido em Veranópolis é: COSTA, Rovílio (org). Raízes de Veranópolis. Raízes de Veranópolis. Porto Alegre: EST, 1998. POSENATO, Júlio. Diccionario Histórico Geographico e Estatístico do Município de Alfredo Chaves: indicador Diccionario Histórico Geographico e Estatístico do Município de Alfredo Chaves: indicador commercial e profissional.commercial e profissional. Porto Alegre: Posenato Arte & Cultura, 1987. FARINA, Geraldo. História de Veranópolis. História de Veranópolis. Veranópolis: SMEC, 1992. IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Veranópolis.Veranópolis. Disponível em: https://cidades. ibge.gov.br/brasil/rs/veranopolis/panorama. Acesso em: 10 dez. 2021. JUNGES, A.H. Caracterização climática da temperatura do ar em Veranópolis, Rio Grande do Sul.Caracterização climática da temperatura do ar em Veranópolis, Rio Grande do Sul. Agromete- oros, Passo Fundo, v.26, n.2, p.299-306, 2018. JUNGES, A.H., Bremm, C., Fontana, D.C. Rainfall climatology, variability, and trends in Veranópolis, Rio Grande Rainfall climatology, variability, and trends in Veranópolis, Rio Grande do Sul, Brazildo Sul, Brazil. R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.23, n.3, p.160-166, 2019. PREFEITURA MUNICIPAL VERANÓPOLIS. Símbolos do municípioSímbolos do município. Disponível em: http://www.veranopolis.rs.gov. br/cidade/8/simbolos. Acesso em: 10 dez.2021. PREFEITURA MUNICIPAL VERANÓPOLIS. Veranópolis - Serra Gaúcha - Brasil.Veranópolis - Serra Gaúcha - Brasil. Disponível em: http://www. veranopolis.rs.gov.br/cidade/12/turismo. Acesso em: 10 dez. 2021. Texto de Léia Cassol Ilustrações de Vanessa Alexandre em V eranóp o l i s © Editora Cassol 2022 Ilustrações: Vanessa Alexandre Revisão: Agostinho Scherer Direção de Arte: Vanessa Alexandre Informações Históricas: Bernardo Luchini Bisatto Gisele Martins da Cunha Arte finalização: Gisella Cassol Impressão: Gráfica Comunicação Impressa Todos os direitos reservados à EDITORA CASSOL Av. Bento Gonçalves, 4321 ? Partenon 90650-003 ? Porto Alegre ? RS ? Brasil Fone: (51) 3028-3086 www.editoracassol.com assessoriaeditoracassol@gmail.com 22-105282 CDD-028.5 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Cassol, Léia Era uma vez-- : em Veranópolis / Léia Cassol ; ilustração Vanessa Alexandre. -- Porto Alegre, RS : Livraria e Editora Cassol, 2022. -- (Coleção belvedere ; 1) ISBN 978-65-89214-22-9 1. Literatura infantojuvenil I. Alexandre, Vanessa. II. Título III. Série . Índices para catálogo sistemático: 1. Literatura infantil 028.5 2. Literatura infantojuvenil 028.5 Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129 Esta história poderia ser num lugar qualquer, mas não é. Ela se passa atrás de uma casa antiga, onde há uma grande árvore, um pequeno parreiral e duas macieiras. A rua é de paralelepípedo e fica na mais encantadora cidade, no alto da Serra Gaúcha. Para se chegar lá, basta passar pela ponte dos arcos e seguir a estrada sinuosa, surpreendentemente linda, com seus majestosos paredões de pedras à esquerda e o grandioso e enigmático vale do Rio das Antas à direita. É importante não ter pressa, pois a vegetação que ladeia a rodovia é belíssima e, no verão, o caminho é decorado por árvores repletas de flores amarelas. Essas alegram o dia de quem passa ou vive ali... em Veranópolis. Ah, sim, lá as pessoas vivem além da média, e a convivência familiar é compartilhada por diferentes gerações, como na família de Pedro. Pedro tem dez anos e mora em Veranópolis desde que nasceu. Ele vive com os pais no edifício mais alto da cidade, em uma das esquinas da avenida principal. O menino é curioso. Uma de suas distrações preferidas é ficar na janela do quarto observando, com um binóculo, a linda e arborizada cidade. Gosta de admirar a modernidade dos prédios contrastando com a beleza das casas antigas e outros monumentos históricos. De seu quarto, Pedro também consegue ver a escola, a torre da Igreja, a grande avenida e até um dos pórticos da cidade. 3 VERANÓPOLIS é um município gaúcho localizado na serra nordeste do Rio Grande do Sul, a 170 km de distância da capital, Porto Alegre. Tem 289,464 km² de área territorial e uma população estimada de 26.813 habitantes (IBGE, 2021). Destes, 87% residem em área urbana e 13% residem em área rural. São vizinhos de Veranópolis: ao norte, Vila Flores e Fagundes Varela; a leste, Antônio Prado e Nova Roma do Sul; ao sul, Bento Gonçalves; a oeste, Cotiporã. 4 PRIMEIROS HABITANTES Pesquisas demonstram que o território de Veranópolis e região é ocupado há pelo menos 6.000 anos por índios Kaingang, que desenvolveram modos de vida ligados a caça, coleta, agricultura e artesanato. Os grupos deslocavam-se pelo território de acordo com as estações do ano, mas sobretudo quando entendiam ter retirado do meio ambiente o necessário para manter seu equilíbrio, promovendo um manejo sustentável da natureza. A agricultura era para subsistência: cultivavam milho, feijão e moranga. Tomavam chimarrão, um hábito milenar também entre os Kaingang, e moravam em casas subterrâneas, que eram sítios-habitação com até 22 moradias, ou, às vezes, poderia ser uma única moradia isolada. Produziam artesanato em fibras vegetais e animais, pedra, ossos, madeira e cerâmica, destacando-se objetos como: machados, mãos de pilão, arcos, flechas, lanças, cestaria, urnas e vasilhas. 5 Naquele fim de tarde de sábado, Pedro estava, como de costume, observando através da janela de seu quarto. Desta vez, porém, olhava fixamente para o Arco Sul, pois aguardava a visita da prima Fernanda, que mora na capital, e de quem gosta muito. Estava ansioso para apresentar a ela o seu novo lugar preferido: a casa da árvore. Com os olhos mais aguçados do que nunca, conseguiu ver quando o automóvel passou sob o Arco. ?São eles!?, disse empolgado. Então o menino correu até o elevador, chegando à calçada da rua ao mesmo tempo em que Fernanda e o pai, Luiz, desciam do carro. Cumprimentaram-se com entusiasmo: ? Oi, família! ? disse Pedro, abrindo os braços. Luiz, irmão do pai de Pedro, foi o primeiro a abraçar o sobrinho. ? E aí, guri, tudo certinho? Tá grande, hein? TROPEIRISMO É o termo utilizado para definir a época em que havia muitos tropeiros e muitas tropas de gado sendo conduzidas do Rio Grande do Sul para Sorocaba, em São Paulo, atividade que começou no século XVIII e durou por muito tempo. O território onde hoje está situada a cidade de Veranópolis era paragem dos tropeiros, que descansavam e pernoitavam num acampamento improvisado no meio do mato. Esse local era conhecido como Roça Reiúna. - Reiúna: terras que pertenciam ao rei. 6 Pedro sorriu satisfeito. Era bom saber que alguém havia notado que crescera dois centímetros no último semestre. Em seguida, cumprimentou a prima com um abraço desajeitado, sentindo-se estranho com o gesto. Para disfarçar a vergonha, reclamou: ? Por que demoraram tanto, Fê? Fernanda tem a mesma idade que o primo, mas, quando ela nasceu, ele já conseguia engatinhar. São diferentes em algumas coisas e iguaizinhos em outras, por exemplo: ele é observador, gosta de futebol, pudim e histórias de terror; ela é tagarela, adora patinação, sagu com creme e histórias de aventura. Pedro tem os cabelos castanho-escuro; Fernanda, castanho médio. Porém, os olhos dos dois são iguaizinhos: pretos e curiosos. Ah, e ambos gostam de saber o porquê de tudo. Quando se encontram, coisas boas acontecem. Ela respondeu sorrindo: ? Ué, porque é longe e tinha movimento. Parece que todo mundo resolveu vir para cá! A menina tinha razão. O dia ensolarado e a época da vindima sempre atraem mais visitantes para a região. Luiz concordou: ? É verdade! A Tenda da Cascata estava cheia, né, filha? Todo mundo quer provar a salada de frutas com sorvete. 7 COLÔNIA ALFREDO CHAVES Foi criada em 1885 e era uma das ?colônias das Antas?. Na época, o engenheiro chefe do projeto de colonização de terras era o Dr. Júlio da Silva de Oliveira. Ele recebeu recursos do governo imperial para implantar o projeto e promover a imigração. O nome escolhido foi Colônia Alfredo Chaves, uma homenagem ao político que foi o diretor geral da colonização. 8 Suco, sorvete, salada de frutas. É tradição de fim de semana, entre muitos veranenses, ir até a Tenda da Cascata para saborear essas e outras delícias. Por um instante, Luiz recordou- se de quando era jovem e ia lá com Dionísio, o pai de Pedro. A lembrança do irmão preferido virou pergunta: ? Cadê teu pai, aquele gringo turrão? ? Dionísio é o seu irmão número quatro, entre os oito da família. Os dois sempre foram muito próximos, pois, entre eles, há apenas um ano de diferença de idade. ? O pai tá ali no nono ? respondeu Pedro, apontando para a casa mais antiga da rua, situada bem na metade da quadra. ? Vamos lá que eles estão esperando vocês. Os três caminharam até a residência dos avós maternos de Pedro e, tão logo passaram pelo portão, já foram recebidos com alegria pelo nono Setembrino, que estava regando o jardim. PRIMEIROS COLONIZADORES Tempos depois, chegaram os primeiros imigrantes italianos em Veranópolis. Eles vinham de diversas regiões da Itália. Chegando ao Rio Grande do Sul, fixaram-se em Nova Milano, hoje conhecida como Farroupilha, e depois migraram para a Colônia Alfredo Chaves. As terras eram lotes que cada chefe de família adquiriu a prazo do governo imperial, ficando conhecidas como lotes rurais. Além disso, os imigrantes adquiriram algumas ferramentas e sementes. 9 Tão logo chegavam ao local, derrubavam o mato e iniciavam o plantio das roças, desenvolvendo a agricultura de subsistência. Com a madeira e as pedras retiradas da terra, construíam as moradias e, aos poucos, iam transformando o local. Quando os colonos já estavam estabelecidos, tropeiros e carroceiros promoviam o transporte dos produtos entre as colônias, sendo o escambo uma das formas de comercialização. Produtos como queijo, crina e couro eram trocados por sal, açúcar, arame, polvilho e outras miudezas. Dessa forma, os imigrantes conseguiram comercializar o que produziam e suprir as necessidades que tinham. Além dos italianos, imigrantes de outras nacionalidades, como poloneses, austríacos, alemães, franceses, sírios e libaneses, chegaram e se estabeleceram na região. Os portugueses, por sua vez, eram migrantes, pois já estavam em outra região do estado. VILA BENJAMIN CONSTANT Com o objetivo de dar maior autonomia às colônias, o Governo do Estado iniciou um movimento de emancipação. Dessa forma, várias delas se tornariam municípios independentes. Sendo assim, em 31 de março de 1892, por meio do Ato n° 205 A, o então governo provisório do Estado elevou a Colônia Alfredo Chaves à categoria de vila, passando a ser chamada Benjamin Constant. No entanto, após reclamações dos próprios moradores, esse ato foi anulado, e Alfredo Chaves permaneceu como distrito de Lagoa Vermelha. Eram os imigrantes conseguindo reverter a decisão do governo, já que não havia partido deles essa iniciativa. 11 ? Ma che! Si non é o Luizinho! Vamo entrando! ? convidou sorrindo. Seu Setembrino é um senhor bem disposto. Tem quase noventa anos e esbanja vitalidade e sabedoria. Gosta de contar piadas e as histórias do tempo em que ajudou a construir a ponte. Ele recebeu os visitantes e pediu ao neto: ? Nêne, fessa a água ali e vai lá samá tuo pai. Pedro correu até o muro e fechou a torneira, mas não precisou chamar o pai, pois, com o som das conversas, Dionísio logo apareceu, trazendo um chimarrão novinho. EMANCIPAÇÃO Porém, com o tempo, o crescimento econômico e populacional do distrito Alfredo Chaves despertou novamente o movimento pró-emancipação. A ideia ganhou força e, no dia 15 de janeiro de 1898, por meio do decreto 124-B, o Governador Júlio de Castilhos confirmou a emancipação de forma definitiva, fazendo com que Alfredo Chaves fosse o primeiro distrito lagoense a se emancipar. 12 ORIGEM DO NOME A origem do nome Veranópolis remonta ao decreto-lei n° 3599, de 6 de setembro de 1941, quando o então Conselho Nacional de Geografia lançou a iniciativa de eliminar todos os nomes de cidades e vilas que estivessem duplicados. A mais antiga permaneceria com o nome, enquanto a outra deveria trocar. Como já havia uma localidade mais antiga com o nome Alfredo Chaves, localizada no Espírito Santo, foi necessário iniciar um processo de mudança aqui no Rio Grande do Sul. Em 1943, o então prefeito Rogério Galeazzi indicou o nome Tapir, que, em língua tupi-guarani, significa ?anta?, uma referência ao Rio das Antas. A população, porém, não gostou da sugestão e se mobilizou para que o nome não permanecesse. Foi então que Mansueto Dal Pai sugeriu usar o neologismo VERANÓPOLIS, que significa ?cidade-veraneio?. Após muitos debates, esse se tornou o nome oficial da cidade. 13 ? Até que enfim chegaram, eu já estava preocupado! Por que demoraram tanto? ? falou caminhando até o irmão. Fernanda observou que o tio e o primo são muito parecidos, até falam igual! Os irmãos se abraçaram, e depois foi a vez de Fernanda, que também ganhou do tio um beliscão na bochecha, o que a deixou vermelha. Ele sempre fazia isso, e ela nunca havia reclamado, mas agora já estava crescida e não gostava mais de certas brincadeiras. Porém, retribuiu o gesto com um sorriso e afastou-se um pouco, pois tinha certeza de que ele iria remexer o cabelo dela também. ? Cadê a tua mãe? ? perguntou Dionísio, sentindo falta da cunhada. ? Ficou em casa. Ela e a Gabi estão muito ocupadas com os preparativos do casamento. ? respondeu a menina. Nono Setembrino espantou-se: ? Ma che?! A tua mana zá vai casar? Io tô ficando vecchio! ? brincou coçando a cabeça por cima da boina, fazendo os demais rirem. 14 BERÇO NACIONAL DA MAÇÃ A primeira macieira de Veranópolis nasceu a partir de uma semente plantada em 1935 por José Bin. Ele havia adquirido a fruta no mercado Zanchetta e, por achá-la muito saborosa, plantou a semente, da qual conseguiu produzir a primeira muda. Com o tempo, o próprio José foi multiplicando as mudas, fazendo enxertos e distribuindo para a vizinhança. Logo os pomares de macieira ganharam espaço em Veranópolis, e a variedade da fruta foi batizada com o nome de José Bin, em homenagem ao agricultor. Por ser o local pioneiro no cultivo da maçã no Brasil, hoje Veranópolis é conhecida como Berço Nacional da Maçã. Por conta disso, a FEMAÇÃ ? Festa Nacional da Maçã e Feira Agroindustrial de Veranópolis ? tornou-se uma festa tradicional no calendário da região. 15 Dionísio ofereceu a cuia ao irmão e sugeriu sentarem-se nas cadeiras do jardim, assim poderiam apreciar o fim de tarde da cidade-veraneio. Pedro discordou: ? Eu e a Fê vamos lá para trás, tá, pai? ? estava ansioso para ver a cara da Fernanda quando ela visse a magnífica construção que ele ajudara a construir. ? Aspeta, aspeta! ? pediu o nono. ? Antes core lá na cozinha e traz a torta di maçã e os grôstoli que a nona fez . Pedro fez cara de quem não estava a fim e ia dizer que comeriam depois, mas deu-se conta de que argumentar só faria demorar mais. Correu até a cozinha e, em menos de um minuto, já estava de volta, trazendo também suco de uva. Fernanda vibrou, batendo palmas diante do prato. ? Eba! Eu amo os grôstolis da nona Luiza! ? e escolheu um bem fofinho, mordendo de olhos fechados. ? E cadê a nona? Ela também chamava os avós de Pedro de nonos, mesmo não sendo os nonos dela. Pedro respondeu antes, com a boca cheia: ? Saiu com a mãe! ? engoliu e completou. ? Foram buscar uva na casa da tia Antônia, lá perto do rio. 1616 DISTRITOS O território municipal é dividido em distritos, que são formados por área urbana e rural, e que se subdividem em bairros e localidades. Veranópolis é formada por 10 bairros e 29 comunidades, estas formadas a partir da capela. 17 17 A conversa seguiu com os homens falando sobre futebol e a classificação dos times. Sentadas sobre a grama, as crianças falaram sobre o joelho ralado de Fê, que havia caído de patins. Depois que ela terminou o segundo copo de suco, Pedro levantou-se e convidou: ? Vem, vamos lá atrás da casa que eu quero te mostrar uma coisa lá na árvore ? os olhos dele brilhavam sempre que pensava na construção. ? Que coisa? ? perguntou estendendo a mão para que ele a ajudasse a ficar em pé. ? Tu já vai ver! ? falou levantando-se. O nono, que estava com um ouvido no futebol e outro nas crianças, recomendou: ? Eco! Só non von lá pra trás das uvas que o Sanguanel pega vocês e leva pro ninho, é?! Pedro riu: ? Tá bom, nono. Tá bom! Prometo que a gente não vai lá. Mas, se o Sanguanel aparecer, a gente te chama. Seu Setembrino reafirmou em tom sério: ? Non ri. O monstrinho pega de verdade e leva pra cima dos pinheiros. 18 TRADIÇÃO CULTURAIS E EVENTOS Veranópolis é uma cidade com grande diversidade cultural, desenvolvida ao longo de sua história, destacando-se: - Feira da Agricultura Familiar: realizada nas manhãs de sábado na Rua Coberta. Nela, os produtores rurais do município comercializam hortifrutigranjeiros e produtos agroindustriais, como salame, pão, cuca e outros, que são produzidos nas pequenas propriedades, a partir do trabalho familiar. - Natal da Longevidade: acontece anualmente durante o mês de dezembro, na Praça XV de Novembro, e conta com uma programação diversificada, envolvendo toda a comunidade. - Rodeio Nacional Crioulo: acontece anualmente em janeiro há mais de 30 anos. Realizam-se competições artísticas, como danças, chula e declamações, e campeiras, como gineteada, além de shows e baile tradicional. - Feira do Livro: feira tradicional que acontece há quase três décadas, trazendo novidades literárias, promoções e muita cultura com apresentações de teatro e música. 19 Fernanda arregalou os olhos. ? Monstrinho?! ? até se esqueceu do que poderia ter na árvore. Pedro olhou para o nono e em seguida para a prima. ? Vem, Fê! ? falou ele, puxando-a. Cochichando, tranquilizou-a. ? É só uma lenda boba que o nono conta para a gente não mexer nas maçãs dele. ? Lenda? Eu amo lenda! Como é, nono? Antes que o nono começasse a falar, Pedro implorou: ? Ah, não, nono. Deixa para depois da janta! ? Eco! Vá bene! Fernanda não discutiu e ainda desafiou o primo: ? Quem chegar por último é mulher do sapo! Os dois saíram em disparada e só ouviram os gritos de ?Cuidado aí!?, ?Vão se machucar!?, entre outros. Reduziram a velocidade no canto da casa para não dar de cara no muro e, depois, na reta final, deram tudo o que podiam para finalizar os cinquenta metros do trajeto até a grande árvore do quintal: uma grevílea. ? Ganhei! ? gritaram juntos e esbaforidos. - Orquestra de sopros de Veranópolis: desenvolve atividades no município desde 1987, quando era denominada ?Banda Municipal de Veranópolis?. Em 1988, passou a denominar-se Orquestra de Sopros de Veranópolis. Conta com diversos instrumentos de sopro (como flautas, trompete, saxofone e outros), bem como instrumentos de corda, de percussão e de teclas. - Romaria e Festa Estadual de Nª. Srª. de Lourdes: há 80 anos acontece a romaria pela cidade. Nove dias antes da festa, dá-se início a nove dias de oração, com três missas diárias em frente à Gruta Nossa Senhora de Lourdes. A quermesse e o almoço festivo fazem parte dos festejos. 20 ? Nada a ver. Deu empate! ? protestou ela. Pedro concordou acenando com a cabeça, enquanto recuperava o fôlego. ? Olha lá no alto, Fê ? apontou. Com a história do Saguanel e a corrida, a menina até havia esquecido que havia algo na árvore. Por isso, a surpresa foi ainda maior ao ver a grande casa, feita com material reciclado, sobre o terceiro galho da árvore. No segundo galho, estava amarrado um balanço de pneu. ? Que linda! ? exclamou maravilhada. ? Posso subir? ? Só se for já! ? concordou ele, apontando a escada com degraus coloridos. Ela subiu na frente e, tão logo chegou na porta da casa, exclamou: ? Uau! Que le-gal! Pedro estufou o peito, orgulhoso. ? Eu que fiz! ? Sozinho? Mentira... ? Está bem, tive uma ajudinha do nono e do pai. Começamos na segunda e terminamos ontem. Ah, e o balanço é para ti! Fernanda sorriu. Estava grata por fazer parte dos planos do primo, mesmo não estando ali. Realmente, esse povo de Veranópolis sabe como acolher as pessoas. 21 Os dois entraram na inusitada construção, e a menina sentou-se no sofá feito com caixas de leite. Encantada com o resultado, tentava identificar os materiais utilizados. Paredes de madeira e garrafas pet. Telhado feito de pedaços de madeira e zinco. No canto direito, uma estante de madeira e, ao lado, a pequena escrivaninha que era da mãe de Pedro. Também havia um cartaz, no qual estavam coladas algumas fotografias. ?Meu lugar no mundo!?, ela leu o título em voz alta e aproximou-se para ver o que havia nas fotos. FEMAÇÃ Devido à expansão do cultivo da maçã, em 1960 nasceu a primeira Festa da Maçã, na comunidade de Lajeadinho, onde seria ainda realizada durante dez anos consecutivos. Em 1971, tornou-se Festa Municipal, passando a Festa Estadual em 1973 e adquirindo abrangência nacional no ano de 1976. Atualmente acontece no Parque de Eventos José Bin, localizado no bairro Femaçã, que leva o nome da festa, possibilitando que os visitantes conheçam o potencial turístico e empresarial do município, promovendo o crescimento da cidade em diversos aspectos. 22 Eram fotos do primo em lugares diferentes. Em frente à igreja, outra numa pracinha, outra em uma caverna. Fernanda ia perguntar onde foram tiradas as fotos, quando identificou no cartaz uma fotografia do primo na ponte dos arcos. Pedro aproximou-se: ? Eu fiz na escola. Foi meu projeto de curiosidade e emoção. ? Projeto de curiosidade e emoção? ? estranhou ela. ? Nunca ouvi falar. ? É bem legal. A gente escolhe um assunto que dá frio na barriga quando se pensa ou fala nele. ? Sério? ? duvidou ela, franzindo a testa. ? Sim, é sério ? afirmou ele. ? Começa com uma lata de ideias, onde todo mundo escreve cinco ideias, em cinco pedaços de papel. Depois, coloca-se tudo na lata. TERRA DA LONGEVIDADE No ano de 1981, a Revista Geográfica Universal publicou uma reportagem sobre as cidades do mundo onde as pessoas viviam mais. Entre as cidades pesquisadas, estava Veranópolis. A reportagem despertou a curiosidade de muitos, inclusive do Dr. Emílio Moriguchi, chefe da geriatria do Hospital São Lucas de Porto Alegre. Ele realizou uma grande pesquisa sobre os hábitos de vida das pessoas com mais de 50 anos de idade, concluindo que, sim, Veranópolis era realmente a ?Terra da Longevidade?. Atualmente, há no município o Instituto Moriguchi, que desenvolve pesquisas sobre a influência dos hábitos e da qualidade de vida no processo do envelhecimento humano. 23 ? Que tipo de ideia? ? Algo que faça a gente sentir emoção. Pode ser porque gostamos muito, ou porque nos incomoda, como ter medo de algo. A professora disse que, quando a gente sabe o que está sentindo, fica mais fácil de ser feliz. Fernanda ouvia atentamente, enquanto elaborava mentalmente uma lista de ideias. 24 ? Seria difícil para mim escolher só cinco ideias. ? Aí é que está o segredo. Só valem ideias que dão frio na barriga quando a gente pensa. ? Entendi! ? comentou satisfeita. ? Só fiquei com dúvidas sobre o teu projeto. São fotos de Veranópolis? ? Isso mesmo! ? Tá, mas tu sente frio na barriga quando pensa neles? Pedro olhou para Fernanda e sorriu. ? Sabe, Fê, não é apenas o lugar. É o que ele significa para mim! Fico feliz por tudo quando ando por aí. Sabe por quê? ? Porque tu gosta de passear? ? Não! É porque essas fotos foram feitas pelo nono Setembrino. E eu quero ser assim, como ele! Fernanda estava emocionada demais para fazer qualquer comentário. Preferiu sorrir, retribuindo o afeto e a amizade. Em seu coração, guardou o desejo de rever o primo mais vezes, pois coisas boas acontecem quando se encontram em Veranópolis. 25 Saiba mais! VeranópolisVeranópolis Nome: Veranópolis. Gentílico: Veranense. Data da criação: 15 de janeiro de 1898, quando o então distrito de Lagoa Vermelha, Alfredo Chaves, por meio do decreto 124-B, oficializou a emancipação de forma definitiva. Coordenadas geográficas: Latitude 28°56?10? Sul e Longitude 51°32?58? Oeste. Área territorial: 289,464 km². Altitude: 705 metros (qual é o ponto mais alto? E a média) Localização: serra nordeste do Rio Grande do Sul, na Microrregião de Caxias do Sul, a 170 km da capital, Porto Alegre. Clima: subtropical, com estações bem definidas. A temperatura média é de 17,3ºC, mas pode chegar a -3ºC no inverno e 30ºC no verão. Não há estação seca. Relevo: o território do município de Veranópolis está situado na encosta da Serra Geral, onde a paisagem é caracterizada por vales profundos e grandes montanhas de basalto, mas cobertas por vegetação. Hidrografia: o rio das Antas é o mais importante. Ele tem como afluentes o rio da Prata, o arroio Retiro e o arroio Jaboticaba. A água que sai na torneira da maioria dos veranenses vem do arroio Retiro. ECONOMIA Setor primário: destacam-se a viticultura (uvas), a citricultura (frutas cítricas) e a produção de leite, mas soja, milho e outros alimentos também são cultivados. A criação de suínos, galináceos e gado bovino também faz parte da economia do município. Setor secundário: destacam-se as indústrias que trabalham nos setores de energia, como biodiesel e hidrelétricas, metal-mecânico e moveleiro. Há também agroindústrias de produção familiar de alimentos, como vinhos, sucos, farináceos, embutidos e mel. Setor terciário: prestação de serviços e comércio em geral. 26 Símbolos oficiais Bandeira: A Bandeira de Veranópolis foi criada por meio da Lei Municipal nº 1.048, de 20 de março de 1970. Ela tem as cores verde, branca e amarela. Ao centro, sobre a barra branca, há o Brasão do Município de Veranópolis. Brasão: Foi criado pela Lei Municipal nº 2.675, de 1992. O escudo tem formato retangular, com os cantos inferiores arredondados terminando em ponta. Está dividido em quadro partes por canetas-tinteiro (pena) que foram desenhadas apontando para o centro, onde há um prédio industrial, representando parte da economia do município. A parte interna do Brasão é composta por: ? Quadrante superior: céu azul, montanhas verdes e a Ponte Ernesto Dornelles sobre o rio das Antas, um dos principais pontos turísticos do município. ? Quadrante inferior: em forma de arco, estão desenhados os pórticos da cidade sobre um fundo azul celeste. Os arcos representam a hospitalidade e o carinho dos veranenses para com os visitantes. ? Quadrante lateral direito: é uma homenagem ao imigrante agricultor, que está com uma enxada e contempla a terra cultivada. Duas araucárias na cor verde e o céu azul celeste complementam a imagem. ? Quadrante lateral esquerdo: é composto por um violão e uma chaleira colocando água numa cuia de chimarrão, elementos que representam a cultura gaúcha. ? Acima, há a uma coroa de cinco torres, na cor amarela, e representa a soberania do povo. ? Abaixo do escudo, há um listel na cor verde, onde estão escritos o nome do município e a data da emancipação (15-01; VERANÓPOLIS, 1898). ? Nas laterais do escudo, estão cachos de uva, maçãs e espigas de milho e trigo, representando a produção agrícola. 27 HINO DE VERANÓPOLIS Letra: Ângelo Paulo Dal Pai Música: Frei Ari Tognon Veranópolis, andamos contigo, Construindo a pátria em cada lar! A ?Princesa dos Vales? bem-vindo, Genetriz de um povo a exaltar! Montesino de dádivas plenas, Retumbante impulso gerou. Ao da tribo silvícola e forte, Sucedeu em grandeza e honor. Do Brasil rude Roça Reiúna A colônia que à vila passou, Em destino de paz multicores, Alfredo Chaves do monte exclamou. De poetas, progênies cultura, Veranil, eis o céu e formou Braço forte, colono, operários, Parreirais, doce vinho, canções. Da riqueza agridoce a macieira, Capital Nacional da Maçã, Belvedere o do Rio das Antas, A montanha, a morada do Sol. Da indústria e comércio a estima, Do basalto, suor, ideais E da palha e do milho e da bola O formato a medir, faz jograis. O cenário Serrano Nordeste, Rio-Grandense-do-sul verdejar, Faz da caça e da pesca o esporte, Faz turismo e tênue lazer. Faz da prece corrente e sentido Município se une a cantar, Em seu manto ?Madona? de Lourdes, Gesto ardente de um povo a rezar! A Lei Municipal nº 3.238, de 11 de junho de 1996, instituiu o Hino Municipal de Veranópolis como símbolo do município. 27 Você sabia... Que Veranópolis tem um cidade-irmã na Itália? É a cidade de Porto Viro, na província de Rovigo, na região do Vêneto. Esse acordo entre os governos é conhecido como Gemellagio e foi assinado em 2002, facilitando o intercâmbio da população entre as duas cidades. Que o filó era a forma de preservar a cultura e aproximar as famílias? Essa prática cultural era organizada pelas mulheres, logo após a missa de domingo, quando decidiam o lugar do filó da semana. No dia e horário combinados, os convidados eram recebidos na casa escolhida, que deveria ser devidamente preparada, com muita lenha separada e alimentação, garantindo uma noite de conversa, cantoria, truco e namoros. Que Veranópolis já sofreu ataque de gafanhotos? Por volta de 1905, as plantações foram prejudicadas por gafanhotos, e os agricultores não conseguiam solucionar o problema. Então o Frei Fidéllis, que era francês, sugeriu construir uma gruta em honra a Nossa Senhora de Lourdes, proposta que foi aceita pela população. Dizem que depois da primeira novena os gafanhotos desapareceram, e a população decidiu ampliar a construção. Hoje, é um lindo santuário, que atrai muitos fiéis. Que o Veranópolis Esporte Clube (VEC) nasceu da unificação de dois antigos clubes de futebol da cidade? Os clubes eram o Grêmio Esportivo e Cultural Dalban e o Clube Atlético Veranense. Ambos eram a evolução de dois times da Escola dos Irmãos Maristas, cujos alunos eram rivais nos torneios de futebol: os Tricolores e os Rio-Grandenses. A unificação do Dalban e do Atlético Veranense aconteceu em 1992, depois que a imprensa esportiva local apresentou estatísticas de que os veranenses apoiavam a ideia. 28 29 Você não pode deixar de conhecer... Ponte Ernesto Dornelles (Ponte do Rio das Antas) Fica no limite entre Veranópolis e Bento Gonçalves. É considerada o cartão-postal da cidade. A construção tem 278 metros de comprimento, 9 metros de largura e foi realizada entre os anos de 1948 e 1952, sendo inaugurada no dia 31 de agosto. Igreja Matriz São Luiz Gonzaga A atual igreja tem estilo arquitetônico neogótico e teve a construção finalizada em 1933, substituindo o antigo templo com estilo colonial. O santo de honra é conhecido como ?santo da juventude?. Gruta Nossa Senhora de Lourdes A primeira gruta para abrigar a imagem da Santa foi construída em 1906, dando início às novenas, que, desde então, são realizadas todos os anos, no início de fevereiro. Atualmente, a Romaria ocorre na data dedicada à Virgem, e a gruta tornou-se um espaço maior, com belíssimos vitrais. 30 Casa de Cultura Frei Rovílio Costa e Museu Municipal Localiza-se no entorno da praça central, onde antigamente havia um clube, denominado Sociedade Alfredo Chavense (SOAL). Atualmente, o prédio acolhe eventos culturais e exposições. Também abriga o Museu Municipal, com acervo que contempla mobiliário, vestuário, utensílios domésticos e de trabalho, que retratam a casa italiana, além de contar com peças religiosas e um acervo fotográfico relacionado à cidade. Arcos de acesso ? Arco Sul e Arco Norte Localizam-se nos extremos da Avenida Osvaldo Aranha. São decorados com pedras- basalto e foram construídos em 1950. Representam a hospitalidade e o carinho com que os veranenses recebem os visitantes. Torre Mirante da Serra Localizado no km 178 da BR-470, tem uma torre com 79 metros de altura, sendo a única do país com restaurante giratório ? um excelente lugar para apreciar do alto as belezas do entorno de Veranópolis. Lá, além da vista panorâmica do restaurante, também há uma plataforma de observação com luneta e binóculos. Caverna Indígena Conhecida também como Gruta Selvagem, nesse local foram encontrados vestígios que sugerem a ocupação de índios Kaingang. A caverna formou-se pela erosão e pelo desgaste lento das rochas durante aproximadamente cinco milhões de anos. Sua largura é de 28 metros, com 67 metros de extensão. 31 Cascata da Usina Velha Formada pelas antigas barragens do rio Retiro, são duas quedas de cerca de 7 metros de altura. No local, há ruínas da primeira usina de geração de energia elétrica do interior do Rio Grande do Sul, inaugurada em 1912. Capitel São Marcos Construído pelos imigrantes italianos em honra a São Marcos, a fim de pedir proteção para as lavouras. Seu campanário é um dos mais antigos do município. Belvedere do Espigão Fica à margem da BR-470. Ali é possível visualizar o leito do rio das Antas, a casa de máquinas da Usina Hidrelétrica Monte Claro e a Ponte da Estrada de Ferro. Com acesso gratuito, dispõe de estacionamento, banheiro, lojas e restaurante. Balneário do Retiro São piscinas naturais, com ampla área de lazer, que se podem visitar de forma gratuita. O local é público, mantido pela Prefeitura de Veranópolis, e conta com infraestrutura e projeto com playground, trilhas e mobiliário de descanso e de lazer. A área privada possui camping, cabanas e restaurante. Cole aqui uma foto de um lugar especial em Veranópolis Cole aqui uma foto no ponto turístico preferido. 32 Nome: Léia Cassol. Apelido: Menina do Cabelo Roxo. Idade: 47 anos. Melhor amigo: Flávia e Johnny. O que mais gosta de fazer: contar histórias e dançar. Comida preferida: a comida da minha mãe. Saiba mais em: www.leiacassol.com Nome: Vanessa Alexandre. Apelido: Vanessinha. Idade: 39 anos. Melhor amigo: Mônica e Paulinha. O que mais gosta de fazer: desenhar e andar com os cachorros. Comida preferida: peixe com maracujá. Saiba mais em: www.vanessaalexandre.com.br Referências Sua foto AQUI! Nome: Apelido: Idade: Melhor amigo: O que mais gosta de fazer: Comida preferida: Seu lugar preferido em Veranópolis é: COSTA, Rovílio (org). Raízes de Veranópolis. Raízes de Veranópolis. Porto Alegre: EST, 1998. POSENATO, Júlio. Diccionario Histórico Geographico e Estatístico do Município de Alfredo Chaves: indicador Diccionario Histórico Geographico e Estatístico do Município de Alfredo Chaves: indicador commercial e profissional.commercial e profissional. Porto Alegre: Posenato Arte & Cultura, 1987. FARINA, Geraldo. História de Veranópolis. História de Veranópolis. Veranópolis: SMEC, 1992. IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Veranópolis.Veranópolis. Disponível em: https://cidades. ibge.gov.br/brasil/rs/veranopolis/panorama. Acesso em: 10 dez. 2021. JUNGES, A.H. Caracterização climática da temperatura do ar em Veranópolis, Rio Grande do Sul.Caracterização climática da temperatura do ar em Veranópolis, Rio Grande do Sul. Agromete- oros, Passo Fundo, v.26, n.2, p.299-306, 2018. JUNGES, A.H., Bremm, C., Fontana, D.C. Rainfall climatology, variability, and trends in Veranópolis, Rio Grande Rainfall climatology, variability, and trends in Veranópolis, Rio Grande do Sul, Brazildo Sul, Brazil. R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.23, n.3, p.160-166, 2019. PREFEITURA MUNICIPAL VERANÓPOLIS. Símbolos do municípioSímbolos do município. Disponível em: http://www.veranopolis.rs.gov. br/cidade/8/simbolos. Acesso em: 10 dez.2021. PREFEITURA MUNICIPAL VERANÓPOLIS. Veranópolis - Serra Gaúcha - Brasil.Veranópolis - Serra Gaúcha - Brasil. Disponível em: http://www. veranopolis.rs.gov.br/cidade/12/turismo. Acesso em: 10 dez. 2021. Texto de Léia Cassol Ilustrações de Vanessa Alexandre em Esta história se passa atrás de uma casa antiga, onde há uma grande árvore, um pequeno parreiral e duas macieiras. Para chegar lá, é preciso passar pela ponte dos arcos, deslumbrar-se com o grande vale, sentir-se muito pequeno ao passar pelos paredões de pedras e entrar na cidade. Nestas páginas, você irá conhecer Pedro e a sua prima, Fernanda, que foi visitá-lo no fim de semana, algo que ela gosta muito de fazer. Sabe o motivo? Ah, é que sempre que os dois se encontram, coisas boas acontecem... em Veranópolis! V eranóp o l i s ISBN: 978-65-89214-22-9 REALIZAÇÃO APOIO